As crianças, em seguida, estendem o hino nacional, em frente à bandeira brasileira com seu lema “ordem e progresso”. O objetivo é reforçar um sentimento de orgulho nacional que muitos se sentem perdidos no Brasil nos últimos anos.

De certa forma, parece mais uma academia de polícia do que uma escola. Aqui, a polícia é responsável pela disciplina, deixando a educação para os professores.

Tem sido uma reviravolta, diz O vice-chefe Debora Rodrigues Sales, que vem lecionando nesta escola há 20 anos.

Até alguns meses atrás, você provavelmente veria traficantes de drogas do que oficiais uniformizados no portão da escola. Um sinal disso é a marca de bala na porta de metal, o resultado de um recente tiroteio.Militarização das escolas.

Existem cerca de 120 escolas “militarizadas” no país. Mas a eleição, no ano passado, do Presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, um ex-oficial do exército que prometeu reprimir a violência e melhorar a educação, impulsionou o seu crescimento mais do que nunca.O centro educacional 308 faz parte de um projeto-piloto onde a gestão é compartilhada entre professores e policiais em Brasília. O plano é que o número dessas escolas cresça de quatro para 40 até o final do ano e para 200 até o final do mandato de quatro anos do Presidente Bolsonaro.

No entanto, a Sra. Sales admite que alguns dos seus colegas se foram embora, descontentes com a presença da polícia na escola.

O secretário-adjunto da educação de Brasília, Mauro Oliveira, diz que o movimento controverso foi necessário. “Estamos falando de escolas vulneráveis, estamos falando de drogas lá dentro, professores sendo ameaçados, então precisamos voltar ao básico.”Doutrinação de esquerda”
Mas o foco de Jair Bolsonaro na educação não se concentra apenas na segurança pública. Ele também pediu um fim para o que ele chamou de “doutrinação” por professores de esquerda.Ele tem apontado para um dos mais famosos educadores do Brasil, Paulo Freire, um defensor do ensino do pensamento crítico nas escolas.

O presidente Bolsonaro considera que o Sr. Freire, um socialista que foi brevemente preso durante a ditadura militar de 1964-1985 e que morreu em 1997, desempenhou um papel muito influente na educação brasileira.

O presidente ameaçou “entrar no Ministério da educação com um lança-chamas” para remover os ideais do Sr. Freire.